Neste 11 de janeiro de 2025, o Rock in Rio celebra 40 anos desde a sua primeira edição, realizada em 1985. Idealizado por Roberto Medina, o festival não apenas revolucionou a cena musical no Brasil, mas também colocou o país no mapa dos grandes eventos internacionais. Foram quatro décadas marcadas por momentos históricos, desafios superados e uma trajetória que consolidou o Rock in Rio como um dos maiores festivais do mundo.

1985: Um sonho ousado em tempos difíceis

Realizado entre 11 e 20 de janeiro de 1985, o Rock in Rio nasceu em um Brasil que vivia a transição da ditadura militar para a redemocratização. A economia enfrentava instabilidade, mas isso não impediu Roberto Medina de apostar na grandiosidade do evento. Com um investimento de US$ 15 milhões – uma cifra ousada para a época –, o festival trouxe um lineup que incluiu nomes como Queen, AC/DC, Iron Maiden, Scorpions e Rod Stewart, além de ícones nacionais como Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Ney Matogrosso.

Com o slogan “Por um mundo melhor”, o festival não era apenas sobre música. Medina queria criar uma experiência que conectasse o público a uma mensagem de esperança e liberdade. O palco, construído na Cidade do Rock, em Jacarepaguá, era o maior já montado até então, e o evento reuniu cerca de 1,38 milhão de pessoas ao longo de seus dez dias.

Dificuldades e perseverança

O caminho até a realização do festival não foi fácil. Medina enfrentou resistência das autoridades, que duvidavam da viabilidade do evento, além de uma infraestrutura precária no país para receber artistas e fãs em um evento desse porte. Ainda assim, o produtor conseguiu atrair grandes patrocinadores e convencer bandas internacionais a incluir o Brasil em suas turnês. A aposta deu certo: o Rock in Rio 1985 tornou-se um sucesso absoluto, consagrado pela performance histórica do Queen, que até hoje é considerada um dos maiores shows de todos os tempos.

Expansão e legado

Após o impacto da edição inaugural, o festival passou por uma pausa, retornando em 1991 e 2001 no Brasil, antes de ganhar o mundo. A partir de 2004, o Rock in Rio foi exportado para países como Portugal, Espanha e Estados Unidos, ampliando sua influência global.

Ao longo de 40 anos, o festival evoluiu, incorporando novos estilos musicais e ampliando suas iniciativas sociais e ambientais. Apesar de algumas críticas por incluir artistas de outros gêneros fora do rock, o evento se manteve fiel à sua missão de promover experiências culturais transformadoras. Entre os momentos memoráveis, estão as apresentações de Bruce Springsteen, Metallica, Beyoncé e Guns N’ Roses, além da histórica homenagem a Freddie Mercury com Adam Lambert.

O impacto além do palco

O Rock in Rio também contribuiu para a economia e a cultura do país. Ao longo das edições, gerou milhares de empregos, fomentou o turismo e promoveu iniciativas como a criação de parques e áreas de lazer. O festival ainda se destacou por campanhas ambientais, como o projeto Amazonia Live, reafirmando seu compromisso com um mundo melhor.

40 anos: celebração e nostalgia

Para marcar seus 40 anos, o Rock in Rio celebrou sua história de forma grandiosa, com edições recentes que reuniram grandes nomes da música e ações especiais que relembraram a trajetória do festival desde 1985. Entre os destaques, estiveram homenagens emocionantes a artistas e bandas que fizeram parte de sua história, além de experiências imersivas que transportaram o público para momentos icônicos das edições passadas.

O Rock in Rio completa quatro décadas de histórias que emocionaram milhões de pessoas. Mais do que celebrar, é tempo de reconhecer a importância de um festival que se tornou sinônimo de grandiosidade, superação e paixão pela música. Que venham mais 40 anos!