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IA: Elton John e Paul McCartney criticam mudanças na lei de direitos autorais e pedem ao governo britânico proteção para artistas e obras

  • Foto do escritor: Kika Mesquita
    Kika Mesquita
  • 27 de jan.
  • 2 min de leitura
Foto: Reprodução/ Getty Images
Foto: Reprodução/ Getty Images

Com a presença da inteligência artificial (IA) se tornando cada vez mais inevitável na maioria dos setores, grandes nomes da indústria musical continuam a destacar os perigos da tecnologia e a debater novas legislações relacionadas ao tema. Recentemente, Elton John manifestou apoio a Paul McCartney, que criticou uma proposta de alteração na lei de direitos autorais do Reino Unido.


Atualmente, o governo britânico está avaliando mudanças que permitiriam aos desenvolvedores de modelos de IA utilizarem qualquer conteúdo criativo disponível na internet, sem custos, para o treinamento de suas ferramentas. Apesar de incluir uma opção de exclusão, a proposta coloca a responsabilidade sobre os artistas, que teriam que notificar individualmente milhares de desenvolvedores para impedir o uso de suas obras – algo considerado por muitos como deliberadamente complexo.


Em entrevista ao programa Sunday With Laura Kuenssberg, da BBC, Paul McCartney afirmou que a mudança poderia resultar em uma “perda de criatividade”. O ex-Beatle explicou: “Jovens, rapazes e moças, criam uma música linda, mas não são donos dela. Não têm nada a ver com ela. E qualquer um pode simplesmente se apropriar.”


Ele ainda destacou: “A verdade é que o dinheiro está indo para algum lugar. Alguém está sendo pago. Então, por que não deveria ser a pessoa que se sentou para escrever ‘Yesterday’?”


Elton John também se pronunciou sobre os possíveis impactos da mudança: “Isso permitirá que grandes empresas globais de tecnologia tenham acesso fácil e gratuito ao trabalho dos artistas para treinar sua inteligência artificial e criar músicas concorrentes. Isso vai diluir e ameaçar ainda mais os ganhos de jovens artistas. A comunidade musical rejeita isso completamente.”


Ele acrescentou: “Sem uma proteção robusta e eficaz dos direitos autorais, que permita aos artistas receber pelos seus trabalhos, o futuro do Reino Unido como líder mundial em artes e cultura popular está seriamente ameaçado.”


Concluindo seus pensamentos sobre os riscos da IA, John afirmou: “Direitos autorais são a base absoluta da prosperidade artística, e o sucesso futuro do país nas indústrias criativas depende disso.”


A controvérsia continua a crescer, com artistas e organizações da indústria lutando para preservar os direitos criativos e financeiros em um cenário cada vez mais influenciado pela inteligência artificial.

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​Por: Kika Mesquita

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